Pfff

Eu tinha 13 anos quando minha mãe me ensinou uma simpatia divertidíssima pra fazer no Dia dos Namorados, pois santo Antônio SUPER ia me ajudar. O negócio era pegar a aliança de alguém casado, um fio de cabelo seu e um copo meio cheio com água. Aí, tinha que amarrar o fio na aliança e segurar o anel pendurado dentro do copo, sem encostar na água. Forças místicas fariam, então, a aliança bater no copo. E quantas vezes batesse seriam os anos que faltariam para eu me casar. Ge-ni-al.
As coisas ficaram ainda mais divertidas quando não só a minha mãe, mas o meu pai, as minhas duas tias e os pais da minha melhor amiga contaram que haviam feito a brincadeira na adolescência e tinha dado cer-ti-nho. Claaaaaro que eu fui brincar. E a melhor amiga também.
Ela tinha 14 anos. Bateram 12 vezes. Ela se casa no ano que vem.
Eu tinha 13, bateram 12 vezes. É, eu tenho 25. Não, nem sinal de marido.
Fiquei pensando se devia repetir a porcaria da simpatia, mesmo fora de época. Talvez eu tenha feito algo, durante esse tempo todo aí, que mudou o curso das coisas, vai saber.