quinta-feira, 20 de agosto de 2009

As coisas começaram a degringolar ontem, mas eu vou pular ontem porque ontem foi patético.
Eu só só dormi três horas essa noite porque cheguei tarde do trabalho e acordei ultracedo para a aula.
Mau humor.
No ônibus, um filho da puta com um mochila imensa puxou um fio da minha blusa com o zíper quebrado dele.
Mau humor.
No meio da aula, dor de estômago.
Mau humor.
Vindo para o trabalho, um camelô ambulante deu com o bandejão dele nas minhas costas.
Mau humor.
Some-se tudo ao fato de ontem ter sido patético, e eu fui parar dentro de uma igreja pra chorar as agruras.
Haja.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ensaio sobre a bondade e a decência

Eu não sou nenhuma madre Teresa, que fique registrado. Eu fofoco. Eu bebo. Eu xingo. Eu falo palavrão a dar com pau. Eu desejo o mal de algumas pessoas de vez em quando _mas acabo nunca fazendo nada pra prejudicar ninguém. Mas eu sou uma pessoa decente.
Eu não levaria uma situação adiante por puro egoísmo ou simplesmente porque é algo cômodo para mim se eu soubesse que estava magoando outras pessoas. Eu não criaria cenas para terminar relacionamentos só porque eu já tenho outra carta na manga. Não, eu não faria isso. E eu não acho que nenhuma pessoa com um mínimo de decência faria uma coisa assim. Mas pessoas indecentes fingem. Pessoas indecentes falam A e fazem B. Pessoas indecentes dizem que você é importante, mas fazem você cair e, quando você implora ajuda, elas te dão a mão, sorriem e te largam.
Se eu não tivesse decência, eu faria quem me ama acreditar no meu afeto só para mantê-lo por perto quando eu precisasse. Eu veria o quanto ele se esforça por mim, nem tentaria fazer o mesmo, mas continuaria dando esperanças, até que o esforço o consumisse, até que ele virasse paranoico e começasse a me irritar. Aí, eu seria covarde. Eu começaria a me interessar por outras pessoas e inventaria um motivo idiota para uma briga e usaria como desculpa para dizer que estou de saco cheio. Mas eu ainda daria esperanças a ele. Porque ele, coitado, é legal e eu o desejo. E eu poderia precisar dele depois. Eu poderia querer ele depois. Então, eu o cozinharia. Eu diria o quanto eu gosto dele. Eu aceitaria friamente quando ele me dissesse "não", porque eu saberia que poderia tê-lo de volta. E assim eu manteria ele por perto, e começaria a ficar com alguém menos paranoico, o que na altura do campeonato era só o que eu queria. Até essa pessoa rastejar de volta, e eu querer consumi-lo de novo e me cansar outra vez. Se eu fosse indecente, eu faria isso.
Mas eu sou boa e decente. Talvez por isso eu espere que as outras pessoas sejam boas e decentes. Sem coragem de fazer mal a alguém, eu dificilmente acho que alguém vá fazer o mal para mim. Eu me engano. De onde eu vejo, as pessoas fracas e inseguras agem movidas apenas pelo egoísmo. Só enxergam o próprio umbigo e fazem coisas que definitivamente não gostariam para si mesmas.
O mundo está lotado delas. O difícil é deixar o desconfiômetro ligado o tempo todo. O difícil é ignorar os fatos quando se está apaixonado. Mas a gente aprende.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

César Cielo é o novo Robert Pattinson.

E isso é tudo que eu vou falar hoje, que a probabilidade de sair porcaria dessa boca é imensa.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Pensar, agir, materializar

Tem um amigo na redação que, juro, é dos mais desmiolados. Mas, no fundo, ele é muito sábio. Estudioso de cabala e outras coisas espiritualistas, ele me deu conselhos sobre o posicionamento do meu espelho na mesa. E me disse uma coisa em que eu fiquei realmente pensando. Ele me falou que a nossa vida é como uma pirâmide. Pensar, agir e, no vértice superior, materializar. Achei muito elucidativo.
Porém, o negócio e que, às vezes, algum desses processos está avariado, e daí as coisas não andam. No meu caso, penso, é o agir. Porque eu penso, sonho (deus sabe quanto) e conjeturo, mas as coisas dificilmente vão para a frente. Porque o fato é que eu tenho preguiça. Então, a coisa é que eu estou pumping up my actions a partir de agora. E nós vamos ouvir falar muito mais de materialização, ok? Isso é uma promessa. Tipo daquelas de Ano Novo, visto que eu tive que começar o meu outra vez há umas semanas. E eu já tinha zoado as minhas resoluções cerca de 23 horas depois da virada pra 2009 mesmo, então, vamos lá, né? Mal não pode fazer.

sábado, 8 de agosto de 2009

Normalmente, eu não mexo no rádio do carro quando ele toca músicas que me fazem chorar. Masoquistinha, como queiram. Mas, como nos últimos tempos eu estou tentando evitar a fadiga _manobra so not me que estou orgulhosa_, mudei de estação assim que a música que estava tocando me trouxe lembranças que formaram lagriminhas. Cheguei ao estacionamento 30 segundos depois, toda feliz comigo mesma. Aí, eu saio do carro, e um infeliz do outro lado da rua está com os auto-falantes estourando de tocar a música que queria me fazer ficar aos prantos. o_O
Depois, eu fiquei brava e nem quis mais chorar.
Eu gosto da música do comercial da Lacta e a do comercial da Vivo, aquele do "Mãe!", "Filha!", "Pai", "Avô...", blablá.

Aí, eu descubro que a da Lacta foi feita só para a propaganda. Desânimo.

Só assombração

Quando eu cheguei e casa ontem à 0h e olhei para a TV ligada, vi um cara que eu peguei no ano passado lutando jiu-jítsu no programa da Adriane Galisteu. Era um concurso, e quem ganhasse representaria "artes marciais" em um calendário. Juro. Embasbacada fiquei, pensando que, na verdade, eu tinha mandado bem porque o cara era de fato gostosinho, mas saí do transe quando Galisteu soltou: "Fulano é casado, mas tem gatos solteiros no palco". Casado. O cara que eu peguei era casado e eu não sabia. Ah, jura. Por que eu não fiquei surpresa? A gente dá o benefício da dúvida, porque ele pode ter casado depois, mas comprometido há um ano ele já era, né? Enfim, eles me perseguem, não sei o que acontece. Da série "isso é o que se ganha quando, chorosa e deprimida, você decide catar um barman em uma festa de 15 anos".